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Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas - Raphael Draccon

14 outubro 2014

Título original: Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas
Autor: Raphael Draccon
Editora: Leya
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Nova Ether é um mundo protegido por poderosos avatares em forma de fadas-amazonas. Um dia, porém, cansadas das falhas dos seres racionais, algumas delas se voltam contra as antigas raças. E assim nasce a Era Antiga. Essa influência e esse temor sobre a humanidade só têm fim quando Primo Branford, o filho de um moleiro, reúne o que são hoje os heróis mais conhecidos do mundo e lidera a histórica e violenta Caçada de Bruxas. Primo Branford é hoje o Rei de Arzallum, e por 20 anos saboreia, satisfeito, a Paz. Nos últimos anos, entretanto, coisas estranhas começam a acontecer... Uma menina vê a própria avó ser devorada por um lobo marcado com magia negra. Dois irmãos comem estilhaços de vidro como se fossem passas silvestres e bebem água barrenta como se fosse suco, envolvidos pela magia escura de uma antiga bruxa canibal. O navio do mercenário mais sanguinário do mundo, o mesmo que acreditavam já estar morto e esquecido, retorna dos mares com um obscuro e ainda pior sucessor. E duas sociedades criminosas entram em guerra, dando início a uma intriga que irá mexer em profundos e tristes mistérios da família real. E mudará o mundo.

Fantástico. É a primeira palavra que vem a minha cabeça ao pensar no livro. Raphael Draccon ganhou mais uma fã. Em Caçadores de Bruxas, ele recria vários dos nossos contos de fadas preferidos: Chapéuzinho Vermelho, João e Maria, Peter Pan, entre outros. E isso foi apresentado de forma impecável e espetacular.
A história se passa no reino de Arzallum, anos depois da famosíssima Caçada de Bruxas. Onde Primo Branford, o Maior dos Reis, liderou uma caça às terríveis e malignas bruxas. Ao fim da Caçada eles pensam que tudo acabou, mas anos depois, acontecimentos estranhos como uma velhinha sendo devorada por um lobo e dois irmãos serem capturados por uma bruxa canibal indicam que não.
Algo que eu gostaria de destacar é que o livro tem uma narração peculiar. Confesso que fiquei muito surpresa ao fim da história descobrir quem a narrava. Adorei o fato de ter vários POV's, principalmente os de Axel, sem dúvidas o meu personagem favorito da trama. Quase no mesmo patamar temos Snail que foi aos poucos me conquistando.
Outra coisa a ser citada é a linguagem. Por se tratar de um conto de fadas é imaginado que os personagens tenham uma linguagem culta e formal, porém isso logo é quebrado. Os jovens plebeus, Ariane Narin e João Hanson usam um linguajar até bem próximo do nosso. É claro que alguns personagens mantém a formalidade, como por exemplo o Rei e seus Conselheiros.
Eu tive várias surpresas ao longo da trama e o final não foi diferente. Fiquei triste e feliz ao mesmo tempo. Mas nunca decepcionada. Com isso fecho a resenha de hoje e digo que venha a continuação, Corações de Neve, mal posso esperar para experimentar mais de Raphael Draccon e dos grandes reinos de Nova Ether.

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