A Arma Escarlate - Renata Ventura
Título original: A Arma Escarlate
Autora: Renata Ventura
Editora: Novo Século
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O ano é 1997. Em meio a um intenso tiroteio, durante uma das épocas mais
sangrentas da favela Santa Marta, no Rio de Janeiro, um menino de 13
anos descobre que é bruxo.
Jurado de morte pelos chefes do tráfico, Hugo foge com apenas um
objetivo em mente: aprender magia o suficiente para voltar e enfrentar o
bandido que está ameaçando sua família. Neste processo de aprendizado,
no entanto, ele pode acabar por descobrir o quanto de bandido há dentro
dele mesmo.
Heey pessoal, quanto tempo, certo? Peço mil
desculpas. Por causa dessas chuvas aqui no Rio fiquei sem luz e quando
voltou descobri que estava sem computador. Demorou um pouco mas eu e a
Nessa resolvemos, e vamos continuar postando.
Bom, pelo título já viram o que vou resenhar e pra quem leu minha última
resenha, aqui, eu tinha falado que resenharia Espera da Maggie
Stiefvater. Mas depois de terminar A arma escarlate não consigo pensar
em outra coisa, pra quem acompanha o blog um tempinho sabe que estou
tentando ler mais livros brasileiros, e por enquanto estou adorando.
André Vianco foi maravilhoso, não gostei da Carolina Munhóz, nem
terminar o livro consegui e por último Renata que me recompensou pela
Carolina.
Enfim, pra quem não sabe ou não leu a sinopse ali em cima. A arma
escarlate, se passa aqui no meu tão amado Rio de Janeiro. E teve
inspiração na famosa obra de J. K. Rowling: Harry Potter. Idá mora no
morro Dona Marta e a história se passa em 1997, se não me engano. Jurado
de morte pelos traficantes do morro, Idá vê na carta da Escola de Magia
Korkovado uma nova oportunidade de vida. Assim foge do morro, quase sem
dar explicações pra sua pequena família e tenta chegar no misterioso
endereço da escola.
Após encontrar outros bruxos, eles lhe indicam um lugar chamado SAARA
para poder comprar seu material. Imaginem uma feira, misturada com
shopping na véspera de Natal, bom, essa é minha pequena imagem do SAARA.
Depois disso, Idá vai para a escola e lá muda seu nome para Hugo
Escarlate, negando suas origens. Foi por ai que eu comecei a ter raiva
dele, porém eu decidi que não gostava dele depois das férias, vocês
entenderão quando lerem. Mas, depois que ele começa a tentar a resolver o
problema junto outra personagem eu comecei a perdoá-lo.
Um ponto que não mencionei acima, foi a "guerra" particular da escola:
Pixies x Anjos. Os Anjos são os mais certinhos que insistem ainda em
seguir o modo europeu escolar, incluindo roupas extremamente quentes e a
tentativa de fazer feitiços em latim - é, não funcionam aqui. No Brasil
eles utilizam as línguas indígenas. Adorei isso -, em contrapartida
temos os amados Pixies formados pelo incrível quarteto do qual ao longo
do livro Hugo é convidado a participar. Eles lutam por uma escola como o
Brasil e menor menosprezo pelos azêmolas (não bruxos). A propósito, os
meus personagens favoritos estão todos inseridos nesse grupo: Caimana,
Capí e Vinny. Mas também adoro o professor Atlas.
A escrita da Renata é simplesmente impecável. Tem um maravilhoso
desenvolvimento dos personagens e uma criatividade que da vontade de
bater palmas. Estou louca por novos volumes que ela provavelmente
lançará sobre as escolas mágicas no resto do Brasil. Nunca vou cansar de
recomendar esse livro, é uma imensa prova de que brasileiros escrevem
tão bem quanto escritores de qualquer lugar.
- Isa
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